A maioria dos empresários gere a sua empresa pela conta bancária, ou seja, monitoriza o sucesso ou insucesso do seu negócio pela evolução das disponibilidades de tesouraria que detém no banco. Esta metodologia está por natureza generalizada e errada, pois o dinheiro no banco resulta da forma como gerimos a nossa empresa em períodos anteriores, ou seja, é uma consequência das nossas decisões de gestão que implementámos no passado.
Neste contexto, o foco do gestor terá de ser na rentabilidade do seu negócio, na análise cuidada dos gastos e rendimentos incorridos, da sua comparação com períodos anteriores, do seu peso relativo e absoluto, ou até da sua comparação com outras empresas do sector.
Para tal quando gerimos o nosso negócio temos de estar focados na informação que a contabilidade nos pode proporcionar, não só na sua componente fiscal que por si é importante face aos tempos que vivemos, mas principalmente na qualidade da informação de gestão que a contabilidade nos pode proporcionar, ou deverá proporcionar.
A mudança de mentalidade do gestor tem de ser alterada, de forma a que a procura de informação de gestão qualificada ocorra de uma forma mais frequente, com uma periodicidade mensal ou trimestral, e não de forma anual, alguns meses após o ano estar encerrado, quando a obrigação de pagamento do imposto se aproxima, e num momento em que não existe qualquer possibilidade implementar medidas correctivas sobre aquele período económico.
Em resumo, aconselhamos a que solicite ao seu Técnico Oficial de Contas informação Contabilística de Gestão, e não apenas e só fiscal, com periodicidade mensal ou trimestral frequente, que possibilite a introdução de medidas correctivas, de forma a que haja criação de valor no seu negócio, de forma sustentada, e que finalmente isso se traduza posteriormente nas disponibilidades de tesouraria que encontrará na conta bancária da sua empresa.